para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009




...a sede a descair da boca... a queimar os lábios na febre sem resposta...



tempo de insectos nocturnos, a prolongar a solidão e as noites.



vai vem de passos, a desgastar as horas e a enganar o vazio do sono e dos sonhos.



saudade em gume a trazer a urgência do arrepio outonal...e do calor da proximidade das peles.



a lembrar o silêncio das areias que é musica num simples olhar.



a humidade invisível feita lume debaixo da pele...



a posse lenta que nos fica... e se adormece...

14 comentários:

Mié disse...

...

belíssima toada à fome


de


pele

"posse lenta que nos fica...e se adormece..."

Um beijo

Morgana disse...

A febre...o fogo...o gelo... e a pele arrepiada pela ausência.

Beijos

simplesmenteeu disse...

mié
...fome de pele... ou cristalização de todas as fomes...
difícil... e tantas vezes, a mais fácil de saciar (quase sempre, quando línear...)
quase impossível, matar nessa todas as outras...
em passo de dança, iludimos... iludimo-nos...
...mas quando se adormece, no lento saborear de peles... que se indistinguem...todas as outras se calam... e o mundo se refaz...

Um beijo (duplamente grata)

simplesmenteeu disse...

Morgana
Onde mora o sentimento pesam as ausências...
Geram insegurança e angustia...
e o medo arrepia a pele...
Beijos (em pó de estrelas...)

Maria disse...

LINDA!!!!!!!!
Assim já posso comentar!

Obrigada por tudo, até por teres mudado a caixa de comentários...
:)))

Um abraço apertado
com carinho

Maria disse...

Ah, e como é bom gter-te aqui, assim, a escrever para podermos ler-TE...
Tive saudades tuas.
Agora posso vir aqui, sempre que me apetecer...
:)

Beijo grande

Graça Pires disse...

"a lembrar o silêncio das areias que é musica num simples olhar"
Belíssimo poema que preenche a solidão das noites...
Um beijo.

SMA disse...

Acordada me fazes estar...
e perceber e sentir, quem nos diz "tenho saudade"
percebi-te... logo
.
.
.
não há outono ou inverno...
.
.
so primavera perene...
.
Gostei muito
mas de ti
não esperava outra coisa
.
.
bjo doce L.
e voltarei

simplesmenteeu disse...

Maria
Gostaria que, acima de tudo, este fosse um lugar de afectos (varios e livres...) E, sabes, que te gosto...
Sempre te vou esperar, para o degustar de pequenas/grandes partilhas.
Obrigada pelo apoio e força.
Abraço forte com carinho

simplesmenteeu disse...

Graça
Venho de espaços de silêncio e de areia... tento afastar as sombras, com dedos inseguros e ensanguentados.
Só a beleza da noite torna mais leve, as suas horas de solidão. Então é urgente a sua descoberta...e recriação.
Um beijo

simplesmenteeu disse...

SMA
...E, novamente... me "mascaro" de anjo... e finjo que é minha a "asa mansa"...
Estico os "dedos sem dureza"
desenho um sorriso, uma rosa, envio o beijo...

mesmo sabendo que não sou... onda nem mar...
espero cada pôr-de-sol, alongo o olhar... e fico a ver dançar os anjos...

Abraço com o carinho
que tu sabes

Morgana disse...

É ao pôr-do-sol que melhor se veêm os anjos, pairando no dourado dos últimos raios de luz, abrem as asas, dançando os sonhos que chegam.

Beijos (afago de asas)

Morgana

simplesmenteeu disse...

Morgana
Feliz, pelo bom dia que não consegui dar!...
A net acordou com vontade de continuar a dormir... Por mais que a abanasse, nada deu e tive de esperar resignada...

Há anjos que nos são de uma ternura imensa e a quem seguimos o voo ou a dança... Gostamos de estar perto quando a ferida arde...e sempre dão alegria e suavidade aos nosso dias.

...e há terras de sonho... por descobrir.

Beijos (em voo...)

By Me disse...

Há lá coisa pior que o vai-vém dos passos só para desgastar as horas...e a solidão que prolonga as noites...
vazias...absurdamente vazias...e a pele seca de tanta ausência...e a alma agoniza diante de uma porta que não se abre...

Eterno Abraço meu



Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


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procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--