para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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sábado, 7 de maio de 2011



dispo-me do efémero.

da baba que segrega o licor que estala nos meus lábios a febre da tua língua.

não basta o voo anelar dos dedos. a pele que queima a pele.

a boca que desenro-la o sol...

para saciar a invisível sede da alma.


quebrado o finito ritual, onde a carne exausta se cansa

onde a lágrima se solta lenta. reflexa luz inteira e nua.

nesse lugar... onde volto à lapidar e branca serenidade de cristal

lá... silenciosamente, abro as portas ao infinito.




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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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deixa que a palavra se solte. leve. livre.
caminho e alvorada.
não a rigorosa ou exacta.
a que escape da alma molhada de emoção.
a que arda na boca que a cala. mordente ou acariciante.
como fumo em espiral, ganhará o espaço.
crisálida aberta em asas ou em perfume de ouro.
gota caída em folha verde, agarrando o sol e o vento.
a quem a encontrar, ela se abrirá como sua
mas sempre desigual.
melodia composta em cada ouvido,
traje vestido em cada olhar.
golpe de harpa no coração da noite.


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sábado, 15 de janeiro de 2011

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assim começou esta aventura que faz 2 anos:


" na teia do sonho

vamos reconstruindo a vida..."


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chegas...
enches o ar com o perfume das tuas mãos.
depois,
desdobras-te em véus e brilham pequenas conchas de sangue e sal
oiço o som das marés
e na voz secreta das areias, mil segredos que o vento abafou.
noites em que a fome dos corpos rasga o passo das horas.
então leio-te a pele
e faço dela um poema desgrenhado e louco.



__________________________________obrigada a todos que me fizeram chegar aqui

dando a sua companhia. o seu abraço. o carinho. coragem e a sua AMIZADE___________________
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

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sentei-me à tua mesa,
era de ervas macias o pão que me estendias.
nos teus olhos, lia segredos do fundo do mar.

da longa travessia de sede, nasceu a água.
da fome, a febre da boca e dos lábios
e eu dançava a música que me fazias ouvir.

a pele brilhou aberta ao sol
e na brancura das salinas
todas as noites a lua adormecia.


então, dos cristais húmidos, nasceu o sabor dos dias...



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Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


Acerca de mim

A minha foto
procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--