
a chuva arredonda a sede e talha em verde, a natureza adormecida.
hoje não chega aos meus ouvidos
o cântico húmido dos seus dedos...
nem aos meus olhos
o brilho deslizante dos seus fios de luz...
nem as pérolas que estremecem nas folhas das árvores
ou as lágrimas que caem no ventre sequioso da terra.
hoje agradeço a caricia molhada no meu rosto, a confundir o sal dos meus olhos
e o vidro quebrado das emoções...
hoje vergo-me, à impotência e inutilidade diante da dor...
pequenos grãos que somos, sem valor, a que nem os sentimentos emprestam algum poder...
hoje, a chuva é um gemido preso no meu respirar que me sufoca...
6 comentários:
Não!
São precisamente os sentimentos que nos o poder de ser tudo...
...e a chuva que nos sufoca é também, tantas vezes, o grito que nos liberta!
Beijos
Imenso o poder dos sentimentos...mas não na morte...
Pena é, que a maior parte das pessoas só acredite, na força dos sentimentos negativos.
A chuva renova e as lágrimas deveriam fazer o mesmo...
Beijos
Os sentimentos negativos só entram nas almas fracas...ou muito sofridas...felizmente os sentimentos bons e positivos podem espalhar-se como o fogo na savana e deixar-nos, tal como ela, preparadas para a época das chuvas!
Beijos
simplesmente bravo....... beijos
braulio
obrigada pela visita.
assim que poder irei conhecer o seu blog.
Beijo
Morgana
...Será que as chuvas do re.nascimento virão?
Será que em mim existe ainda o húmus, capaz de tornar fértil a sementeira?
Milagre ou Magia? Segredos de quem sabe, para além do terreno...
Beijos (em sementes de fertilidade...)
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