para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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domingo, 25 de janeiro de 2009



a chuva arredonda a sede e talha em verde, a natureza adormecida.




hoje não chega aos meus ouvidos


o cântico húmido dos seus dedos...


nem aos meus olhos


o brilho deslizante dos seus fios de luz...


nem as pérolas que estremecem nas folhas das árvores


ou as lágrimas que caem no ventre sequioso da terra.




hoje agradeço a caricia molhada no meu rosto, a confundir o sal dos meus olhos


e o vidro quebrado das emoções...




hoje vergo-me, à impotência e inutilidade diante da dor...


pequenos grãos que somos, sem valor, a que nem os sentimentos emprestam algum poder...


hoje, a chuva é um gemido preso no meu respirar que me sufoca...

6 comentários:

Morgana disse...

Não!

São precisamente os sentimentos que nos o poder de ser tudo...
...e a chuva que nos sufoca é também, tantas vezes, o grito que nos liberta!

Beijos

simplesmenteeu disse...

Imenso o poder dos sentimentos...mas não na morte...
Pena é, que a maior parte das pessoas só acredite, na força dos sentimentos negativos.
A chuva renova e as lágrimas deveriam fazer o mesmo...
Beijos

Morgana disse...

Os sentimentos negativos só entram nas almas fracas...ou muito sofridas...felizmente os sentimentos bons e positivos podem espalhar-se como o fogo na savana e deixar-nos, tal como ela, preparadas para a época das chuvas!

Beijos

Braulio Pereira disse...

simplesmente bravo....... beijos

simplesmenteeu disse...

braulio
obrigada pela visita.
assim que poder irei conhecer o seu blog.
Beijo

simplesmenteeu disse...

Morgana
...Será que as chuvas do re.nascimento virão?
Será que em mim existe ainda o húmus, capaz de tornar fértil a sementeira?
Milagre ou Magia? Segredos de quem sabe, para além do terreno...
Beijos (em sementes de fertilidade...)



Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


Acerca de mim

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procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--