
a janela abriu os braços à brancura descalça da madrugada...
a claridade entrou. leve. esvoaçante. em véus transparentes... com restos de luar...
(sentou-se...)
anulou o frio abandono que escorria das paredes...
trazia nas mãos, restos de terra queimada. despojos... lutos.
falou de estátuas que tinham coração. de corações que gelaram e se transformaram em pó...
rios que secaram, transformados em cristais de sangue...
esculpiu sementes. pintou-as com pó de estrelas...
baixinho... a música cortava o silencio... e a claridade voou para além dos homens...
2 comentários:
A calma meditativa de um jardim japonês...
Que as madrugadas deixem de ser fantasmas crregados de lutos...deixem de levar a luz e possam as sementes rebentar em estrelas musicais
para nos acariciarem os dias...que passarão a ser de festa...
Beijos
Morgana
...madrugadas transformadas em semeadoras de dedos ferteis...
e... a música invisível dos sentidos, há-de rasgar os dias num cântico novo...
Beijos
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