para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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terça-feira, 27 de janeiro de 2009


a janela abriu os braços à brancura descalça da madrugada...

a claridade entrou. leve. esvoaçante. em véus transparentes... com restos de luar...

(sentou-se...)

anulou o frio abandono que escorria das paredes...

trazia nas mãos, restos de terra queimada. despojos... lutos.

falou de estátuas que tinham coração. de corações que gelaram e se transformaram em pó...

rios que secaram, transformados em cristais de sangue...


esculpiu sementes. pintou-as com pó de estrelas...

baixinho... a música cortava o silencio... e a claridade voou para além dos homens...

2 comentários:

Morgana disse...

A calma meditativa de um jardim japonês...
Que as madrugadas deixem de ser fantasmas crregados de lutos...deixem de levar a luz e possam as sementes rebentar em estrelas musicais
para nos acariciarem os dias...que passarão a ser de festa...

Beijos

simplesmenteeu disse...

Morgana
...madrugadas transformadas em semeadoras de dedos ferteis...
e... a música invisível dos sentidos, há-de rasgar os dias num cântico novo...
Beijos



Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


Acerca de mim

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procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--