bebo o silencio num lento degustar.
gole a gole.
prendo-o dentro de mim. na volúpia de um amante esperado.
desço na sua voz até ao centro telúrico
onde nascem as marés como braços
a contornar os corpos.
volto no vértice da asa
na fina textura de um entalhe antigo.
e num canto da lua
fico a dançar
a música que tocas com dedos de renda.
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25 comentários:
podia ser uma oração!
.
bom domingo L.
.
SERENO E BOM.
bjo.
isabel
no mesmo recolhimento!
a mesma devotada entrega
a uma música que alguns sabem ouvir...
bom resto de domingo
num sereno voo de asas brancas
Beijo
Li, reli, voltei a ler...
Palavras que são pérolas do mais puro fascinio!!!
Vou guardar estas palavras. Senti a sua vibração dentro de mim!
Beijos meus...
Queria saber-te a sorrir... mas sinto um peso cá dentro...
Deixo um abraço. leve. leve.
beber o silencio que nos amarga sempre ...
A dança do silêncio no "sentidodovoo".
Beijinho.
às vezes o silêncio doi mais que as palavras...
um abraço
tulipa
Bela sinfonia em acordes de silêncios.
Beijo,
Inês
PENA QUE ESTA DEVOÇÃO DE ENTREGA E VOLÚPIA SEJA POR UM SILÊNCIO...
UM SILÊNCIO QUE DEMORA QUEBRADDO APENAS POR UMA MÚSICA TOCADA COM DEDOS DE RENDA...ESPORADICAMENTE...
E NÃO POSSA SER DEMORADO
A TUA SENSIBILIDADE FASCINA-ME!!!
BELO TEXTO,SEMELHANTE A TODOS OS OUTROS A QUE JÁ NOS HABITUASTE A LER...CONTUDO, SEMPRE RENOVADOS E APETECÍVEIS...
BEIJINHO TERNO E AMIGO
Muito bonito... Gosto da forma como escreve!
Beijinhos,
Ana Martins
Lua entalhada em madeiras preciosas
Testemunha silenciosa da dança
Dos dedos de rendas de outras eras
Esfiapando musica
Que os bicos das aves escrevem
Nas conchas que as marés
Depositam nas praias de sempre
Como corpos repetidos
Ao infinito.
Um beijo
Ana
P.S. E se vou e venho e volto é porque as palavras geram palavras, que teimam em se fazerem vivas no voo de espaço que não é o seu.
aprendi a gostar do silêncio. dele me alimento, com ele sacio a fome.
a sede...
essa mato-a, afogo-a em lágrimas!
um beijo
luísa
Assim como estar só nem sempre significa solidão, no silêncio está por vezes a maior e melhor companhia. O importante é que esse vértice da asa exista, para que voltes inteira e suave como te pressinto. E cheia de musica, no coração.
Um beijo suave
Salvé! Simplesmente eu...
Um"eu" que procura no inisível....
mas sem se desprender do toque...
Quando um "simples" eu se rasga já nada mais importa depois...
nem saborear o som produzido por dedos de renda...sequer!
Não procure!
Ache!
Em SI!
Fico muito agradecida pela visita ao meu blog, mas comentou num post que "por azar" clikei no texto que deveria seguir para "rascunhos"...e não para publicação! E...ao eliminar... o seu comentário foi junto!
Não sei bem ao que se referia...porque nenhum post era visível, pelo erro que cometi.
Mas está já tudo composto agora.
Deixo-lhe a minha saudação haitual
ESPAVO!
Mariz
Um ritmo magnífico! Gostava de ouvir este poema.
Vim ouvir outras músicas tocadas com dedos de renda mas encontrei a mesma bela sinfonia de antes.
Voltarei depois.
Beijo,
Inês
O silencio tem muitas formas de interpretação...
Beijito.
A música
de memória. Ainda é tão bela.
beijo L
no intervalo de duas deslocações ,a leitura que se impõe .em silêncio ,sigo.te letra a letra
,ao ritmo lento da "música" que imagino
.
um beijo
O silêncio que guarda a voz,
o silêncio que entoa a voz,
tua.
Tão tua.
Um beijo e um bom sábado.
Não me lembro de já ter visitado este seu blog.
Mas valeu a pena.
Cumprimentos
Jogar com as palavras é sempre uma forma muito agradável de deixar aos outros uma mais ampla interpretação daquilo que escrevemos.
Um beijinho,
Maria Emília
...fico a dançar.............
jocas maradas..sempre
Um bela oração..que toca fundo o nosso coração.
Abraços d eboa noite de Domingo pra ti.
"Quando as coisas não acontecem
do jeito que a gente quer, é porque
vão acontecer melhor do que a
gente pensa."
Beijos.
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