entre a desarrumação das cinzas a palavra surge
como um rio de águas virgens a aplacar as dores
e a espalhar despenteadas sementes de um girassol caído de um lendário país alado
nem sempre a palavra faz a viagem do papel
às vezes, tropeça, engasga
ou fica no peito como pedra de ângulos afiados que faz sangrar mas não se solta.
é aquele nó que enrola a língua e a alma como peso aflitivamente morto.
para que a palavra seja um respirar incontido
estendo os dedos
e fico a sentir a vibração das aves e do vento
**
27 comentários:
Magnifico momento
"nem sempre a palavra faz a viagem do papel"
e aqui a viagem é de paz.
...ainda ando a planar :)
um beijo
enorme e terno. sempre.
E o vento trás tanta coisa...seja brando ou furia engasgada...
E é nos dedos estendidos, onde poisam as aves sem ninho, que ele se faz melodia ou choro...
E se demora
E às vezes se eterniza
Um beijo
Ana
Sei do nó que asfixia e dói na gargante e no estômago. E da palavra que não sai.
Por isso estendes os dedos, que seguro, com ternura...
Beijo, sempre
um nó. enorme.
apertado.
e a vida a deixar de ser laço.
e um belo texto.
boa noite L.
"nem sempre a palavra faz a viagem do papel"
e aqui a outra viagem desata os nós.
um beijo.
mie
Gosto de esperar por ti
mesmo quando sei que não vens...
...e é bom imaginar-te como uma gaivota de asa livre.
beijo grande e carinhoso.sempre.
Ana Oliveira
O vento dá sentido e desperta o voo
caricia,lamento ou palavra que ficou esquecida (ou não dita)...
Mas passa e fica...
nos dedos que toca
no cabelo que desalinha...
ou na pena que deixa cair numa rua escondida...
Beijo grande
Maria
...talvez porque, mesmo eu não dizendo que dói, tu sempre o saberás ler nas minhas palavras.
E, é muito bom, ter a tua ternura por perto.
(que o teu tempo seja de sementes férteis...)
Beijo carinhoso de sempre
isabel
escrever
para libertar os nós que magoam.
escrever ou equilibrar pontes
para encontrar sorrisos
e bordar novos laços.
(obrigada pelas palavras.)
Um Beijo
maria josé quintela
Obrigada pela visita e pelas palavras.
Mas, entre viagens, desatamos nós
e criamos (ou julgamos, poder criar)os nós do afecto.
às vezes, são um engano. outras ficam, com letras bordadas a ouro fino e eterno.
Um Beijo
Nem sempre a palavra tem o fim que desejamos. Mas só nos lhe podemos dar o caminho certo.
:)
Olá,
Vou-te perguntar baixinho o seguinte:
consegues ver o sol?
respondes quando tiveres tempo, vou ficar á espera.
Secreta
Quando a palavra se solta, são imprevisíveis os caminhos que vai percorrer. É como se ganhasse vida própria.
Um beijo
GRH
No fundo, acredito que sim.
(Sempre olhamos. Mesmo que nos queima o olhar...)
É só limpar os olhos e dirigi-los para a luz...
Gostei da visita. Obrigada.
Um beijo
Passei e deixo...
VOU
Vou…
Venho …
E …
Fico…
Vou para onde?
Venho porquê?
E fico para quê?
Não sei …
Não encontro resposta…
Só sei…
Que vou…
Que venho…
E que fico…
E quando vou…
Quero ficar…
Porque sei que vou…
Que volto …
E quero ficar…
Lili Laranjo
As palavras têm asas e são libertas
quando escritas...
Mas quando ela sai da boca nem sempre saem livres,as vezes voam mas com as asas aparadas,as vezes acontece de nao sair inteira,e acontece engasgar e muitas vezes ficam presas na garganta...
No papel podemos voar e na tela do computador tb...Bonito o q vc escreveu...Linda a viagem nas asas desta ave.
As palavras as vezes ficam difíceis e o melhor mesmo é deixar o vento a levar nas asas de um pássaro.
Grande beijo!
Lili
Entre o ir e voltar, muitas interrogações e um certeza - a de querer ficar...
Talvez um voo com raízes...
Obrigada pelo poema
Um beijo
Maria Dias
É, na palavra (escrita), que muito homens se soltam das grades que lhe ferem o corpo e a alma.
Nelas voam ao infinito.
Quando elas se recusam a sair é como se deixassem de respirar e a vida se suspendesse.
Obrigada pelo carinho do teu selo.
Um beijo
Rabiscando
Obrigada pela visita e pelas palavras.
Talvez os pés se agarrem ao chão mas o meu pensamento voa fácil...
Um tranquilo e terno descanso (pausa)
Rápido regresso.
Beijo carinhoso
Simlesmenteeu
o mar á assim
dá para nos sentarmos numa pedra sem ninguém e sentir o seu bater o ser namorar... Eu gosto muito do mar...
E adoro passar e ler...magia...
beijos
Boa semana...
Muito belo em termos estéticos e plásticos. Gostei do spleen melancólico. Bj.
O vento torce os nós do tempo...
Bjs
AFRICA EM POESIA
ver e namorar o mar. sem vozes.
só o enrolar e desenrolar das ondas...
os beijos salpicados de sal...
a magia do verde/espuma branca.
noite tranquila
(obrigada pela companhia e pelo desejo de boa semana)
beijos
Carlos Ramos
Obrigada pela visita e pelas palavras.
Fico feliz que tenha gostado.
Há tempos de melancolia, em que nem as palavras ajudam. Ausentam-se e por mais que sejam chamadas não aparecem...
Um beijo
Vieira Calado
O vento ajuda a perpetuar muita coisa porque é um agente de renovação...
Beijos
simples mente
és POETA
.
um beijo
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