para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

***



sentei-me à tua mesa,
era de ervas macias o pão que me estendias.
nos teus olhos, lia segredos do fundo do mar.

da longa travessia de sede, nasceu a água.
da fome, a febre da boca e dos lábios
e eu dançava a música que me fazias ouvir.

a pele brilhou aberta ao sol
e na brancura das salinas
todas as noites a lua adormecia.


então, dos cristais húmidos, nasceu o sabor dos dias...



***

11 comentários:

AC disse...

Por mais escuras que pintem as telas, os dias ainda amanhecem bem aventurosos...
Lindo!

Beijo :)

Isabel Victor disse...

Um beijo. Bom ano, simplesmente (eu)

Secreta disse...

Um poema que me transmite esperança...

By Me disse...

VALE A PENA SENTAR-SE À MESA PARA PROVAR O SABOR DOS DIAS


LINDO COMO SEMPRE!!!

BEIJO

Maré Viva disse...

E a vida é isso...sentar à mesa e comer o pão que nos estendem, abrir a pele ao sol e deixar que a lua chegue e nos afague...

Beijos.

Cristina Fernandes disse...

A lua adormecida nos cristais dos dias... belíssimo poema.
Bjs
Chris

Graça Pires disse...

O sabor dos dias nasce assim de amores apaixonados e a paixão toma a leveza da espuma na curva dos lábios...
Um beijo

Maré Viva disse...

Sentada ao sol espero o teu regresso...

ADRIANA GIL RODRIGUES disse...

Belo ao infinto...

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

andei por aqui a matar saudades.

demorei-me neste poema.

que dizer que já não disse?

talento, muito talento....

beijo amigo e agradecido

:)

UIFPW08 disse...

Linda....



Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


Acerca de mim

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procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--