
dispo-me do efémero.
da baba que segrega o licor que estala nos meus lábios a febre da tua língua.
não basta o voo anelar dos dedos. a pele que queima a pele.
a boca que desenro-la o sol...
para saciar a invisível sede da alma.
quebrado o finito ritual, onde a carne exausta se cansa
onde a lágrima se solta lenta. reflexa luz inteira e nua.
nesse lugar... onde volto à lapidar e branca serenidade de cristal
lá... silenciosamente, abro as portas ao infinito.
***
3 comentários:
e tudo o mais é nada!...
belas palavras e foto!
um beijo.
"a pele que queima a pele" abre um infinito de possibilidades ao desejo...
Muito belo.
Beijos.
Voltamos sempre "À lapidar e branca serenidade de cristal" porque é o infinito que buscamos em cada porta de pele.
Um beijo L.
Enviar um comentário