para que as aves não esqueçam o voo... e as árvores não deixem de anunciar a primavera...

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

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traz o teu manto de espuma e fogo.
rasgarei as águas do mar que se agiganta
com os remos que talhei no vagar de uma laranjeira em flor.
traz as mãos que aconchego em segredo
quando te desenho no veu prateado da noite
com elas estenderei as velas de renda branca
e soltarei as asas que teci para voar contigo.
então, como arco a gemer nas cordas de um violino
hei-de dizer teu nome molhado de mel e de emoção.


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8 comentários:

tb disse...

Que momento bonito como o travo doce do mel.
Beijinhos

Anónimo disse...

Fiquei fascinada pelo blogue e pela poesia... Parabéns!

Abraço

Ana Oliveira disse...


Como sempre desenha-se a vontade de voar na musica das tuas palavras.

Um beijo

may lu disse...

"e soltarei as asas que teci para voar contigo"
E que seja doce...
O seu, o meu, o nosso voo.

Um abraço cheio de delicadezas!!!

Alexandre de Castro disse...

Belíssimo poema. Uma construção metafórica perfeita. Gostava muito de o publicar no Alpendre da Lua, mas com a indicação do nome da autora. Se estiver de acordo, envie-me o poema em Word, para: alexandre.castro44@gmail.com

Mar Arável disse...

ainda há pássaros que voam

no ciclo das marés

Belo

MS disse...

Fascinada com a poética das palavras e da imagem!

AnaMar (pseudónimo) disse...

e porque ler-te é uma viagem que faço de olhos fechados e sentidos abertos

a ver se viajo mais vezes neste voo que não esqueço, mesmo quando não visito
Bjs



Chove no país das fadas...

e até as árvores se esqueceram de anunciar a primavera!...


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procura de um sentido... .-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. "em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos" --A. Saint-Exupéry--