
dispo-me do efémero.
da baba que segrega o licor que estala nos meus lábios a febre da tua língua.
não basta o voo anelar dos dedos. a pele que queima a pele.
a boca que desenro-la o sol...
para saciar a invisível sede da alma.
quebrado o finito ritual, onde a carne exausta se cansa
onde a lágrima se solta lenta. reflexa luz inteira e nua.
nesse lugar... onde volto à lapidar e branca serenidade de cristal
lá... silenciosamente, abro as portas ao infinito.
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