sedenta de azul a árvore estendeu-se para o céu
no aconchego dos seus ramos os pássaros adormeceram.
todas as noites crescia uma melodia.
em toques suaves, penas e folhas, soltavam-se em cordas de música.
pequenas explosões de brilho verde cresciam embalançadas nos seus braços.
a água lentamente lambia-lhe as raízes.
sulcava a terra. burilava as pedras.
na força insubmissa dos seus dedos inundou caminhos. fez-se rio. corrente. foz.
mar de vigorosas vagas. rebentação...
lábios branqueados pelo sol que se perderam na areia ardente e sequiosa.
**