na toalha de linho onde demoro os dedos
o fio esvoaça e a língua é chama.
oiço a água. dança. onde a brisa é curva. rosa e cheiro.
da terra golpeada e sangue ardido
volto tecida de verde. lume. gosto de noite.
sobra de lençol em leito humedecido.
e tal como a lua e noite se aquietam no abraço
em linhas de mil cores, tons, nuances.
em alinhavos, pontos, laços.
faço-me favo, casulo, vela e asa.
**