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vestiu a saia vermelha
tinta de sangue e de luto.
recorte, tempo de espera.
soltou ao vento o cabelo, encheu de verde os olhares
foi rei, soldado, poeta, foi cantor
herói que em peito rasgado, era promessa de amor.
entrelaçaram-se mãos
entre risos confiantes
ia já longe a mordaça, dias de medo, opressão.
precisam-se novos soldados
obreiros silenciosos
palavras que soltem gritos
mãos de aço perfumadas
com dedos cravos de Abril
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